Cuidado!!!
Algumas expressões popularizadas no meio educacional são usadas hoje com um sentido muito diferente do que tinham originalmente, mostrando que muitos educadores estão se apoiando em idéias frágeis.
A fala dos educadores brasileiros nunca esteve tão afiada. Conceitos importantes da Pedagogia e as práticas de sala de aula mais valorizadas hoje estão na ponta da língua e ajudam a definir o trabalho docente. Não é preciso estar entre grandes mestres para ouvir citações de Paulo Freire (1921-1997), como a importância de "focar a realidade do aluno" durante o planejamento, ou sobre o construtivismo - a necessidade de "levantar o conhecimento prévio" da turma. No entanto, conforme a conversa avança, percebe-se que, na média, ela está calcada num discurso vazio (tal qual as palavras nos balões que ilustram esta reportagem). O resultado é a transformação de idéias consagradas - como formar cidadãos - em jargões que perderam o significado original. Esse conceito, difundido com a redemocratização do país, relacionava-se à necessidade de as pessoas terem um preparo que lhes permitisse atuar na sociedade - incluído aí saber ler e escrever e os demais conteúdos do currículo. Hoje, o sentido de cidadania propagado em muitos projetos está relacionado apenas a ações de preservação ambiental ou de cunho social - como se socializar o conhecimento construído pela humanidade, ou seja, ensinar, já não fosse tarefa suficiente para a escola. "Os professores usam essas expressões sem ref letir sobre elas e sem compreender em que se baseiam", ressalta Raymundo de Lima, professor do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e estudioso do discurso docente. Essa realidade revela, mais uma vez, a precariedade da formação dos educadores, que se ressentem por não terem um conhecimento pedagógico adequado. "Eles buscam um referencial teórico, mas, como não conseguem se aprimorar, acabam fazendo no dia-a-dia um trabalho intuitivo e equivocado", afirma Andrea Rapoport, doutora em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A conclusão é resultado de uma pesquisa realizada por ela para identificar os referenciais citados pelos docentes. "Grande parcela dos que afirmam se basear em determinadas correntes pedagógicas ou pensadores deixa o discurso cair por terra quando precisa justificar essas escolhas", analisa Andrea. Muitas das expressões que estão na boca dos educadores não surgiram do nada. Ao contrário, exprimem conceitos importantíssimos. Separadas dos contextos históricos e teóricos em que foram criadas, no entanto, elas acabaram sendo banalizadas. Hoje, é difícil encontrar um professor que não afirme fazer uma avaliação formativa. Porém quantos realmente sabem como ela deve ser realizada e para que servem seus resultados? Diante disso, a proposta desta reportagem é contribuir para colocar um fim nesse blablablá da Educação, ajudando a deixar as frases-prontas de lado e a se aprofundar no verdadeiro significado das idéias por trás delas - a princípio, tão ricas. Selecionamos dez expressões populares no Magistério atualmente e mostramos de onde elas provêm, seu sentido original e como foram distorcidas (leia o destaque à direita e os demais nas próximas páginas). Essa leitura é apenas um ponto de partida para o desafio, que requer muito estudo. Mas o fim do discurso vazio certamente virá acompanhado de um impacto positivo na qualidade das aulas.
APRENDER BRINCANDO
Conceito original:Uma das maneiras de adquirir conhecimento, possibilitada por diferentes atividades, mas não essencial.
Conceito distorcido:Única maneira de adquirir conhecimento, possibilitada por diferentes atividades, e principal motivação para o estudo.
Origem O aprender brincando surgiu em reação a antigas práticas escolares. Até a década de 1960, eram comuns os castigos físicos e as propostas de ensino que não consideravam os conhecimentos de crianças e jovens nem se preocupavam em envolvê-los em desafios que fizessem sentido para eles.
De fato, o processo de aprendizado nem sempre é fácil, mas resulta em satisfação. A criança aprende de muitas maneiras e com base em diferentes recursos: convivendo com os colegas, se comunicando com adultos e descobrindo seus limites em situações formais e informais.
Por que perdeu o sentido A difusão do "aprender brincando" ocorreu em oposição ao que é apresentado como difícil. "Passou-se de um extremo a outro, isto é, de uma aprendizagem com sofrimento para a brincadeira", explica Esther Pillar Grossi, professora e fundadora do Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação. A questão é isso ter se tornado a principal forma de ensinar e uma das motivações intrínsecas ao aprendizado. Desse modo, fica a impressão de que brincar é essencial para mediar as situações de ensino. "O dito em espanhol 'la letra con sangre entra' particulariza, para a alfabetização, a idéia de que aprender é algo muito penoso e desagradável", explica Esther. No livro Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar, o professor Lino de Macedo, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o lúdico deve propor desafios ao estudante e encaminhá-lo para a construção dos conhecimentos, mas não significa necessariamente algo agradável na perspectiva de quem faz a atividade. "Se fosse só assim, poderíamos, por exemplo, vir a ser reféns das crianças ou condenados a praticar coisas engraçadas, mesmo que sem sentido."
O objetivo da escola é ensinar os conteúdos das diferentes disciplinas, e não necessariamente proporcionando divertimento o tempo todo. A aprendizagem gera conflito, exige que a criança fique instigada a buscar respostas a problemas apresentados a ela e levanta dúvidas. O que precisa trazer prazer é a satisfação de aprender, evoluir e se apropriar do conhecimento. "A máxima da escola não pode ser aprender brincando porque aprender é difícil - assim como ensinar", conclui Tereza Perez, diretora do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).
LEVANTAR O CONHECIMENTO PRÉVIO
Conceito original:Propor uma atividade para verificar o nível de conhecimento dos alunos sobre um tema como forma de planejar novas intervenções.
Conceito distorcido:Perguntar o que os alunos já sabem para verificar o nível de conhecimento deles e registrar o que foi dito.
Origem A importância do conhecimento prévio - um conjunto de idéias, representações e dados que servem de sustentação para um novo saber - se desenvolveu a partir da segunda metade do século 20 com o construtivismo. Nessa concepção, não existe ponto de partida zero sobre o que se vai ensinar ou aprender. Todos (alunos e professores) sempre sabem alguma coisa, mesmo que de modo implícito, do tema a ser trabalhado. Investigar o conhecimento, dentro dessa perspectiva, representa o início da relação entre o ensino e a aprendizagem. "O estudante é compreendido como alguém que domina algumas coisas e, diante de novas informações que para ele fazem algum sentido, realiza um esforço para assimilálas", explica Telma Weisz, consultora da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, no livro O Diálogo Entre o Ensino e a Aprendizagem. Ao fazer uma avaliação antes de iniciar um conteúdo, o professor consegue planejar suas interferências porque tem meios de determinar por onde começar. A ação nas próximas etapas não fica só intuitiva - é direcionada para "o que" e "como" deve ensinar.
"Não se trata de um teste, mas de uma situação real de ensino. As atividades indicadas para dar início a um projeto são aquelas que ativam os saberes das crianças", diz Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Nesse tipo de atividade, cada aluno vai buscar os dados em seu repertório interno de maneira diferente. "O conhecimento prévio é relativo a cada um e, por isso, supõe uma investigação caso a caso", completa Macedo, da USP. Por que perdeu o sentido Ao longo dos anos, os professores reconheceram a importância de investigar o que crianças e jovens já sabem antes de começar o trabalho sobre um novo tema. No entanto, mesmo sem ter aprendido exatamente como fazer isso, muitos deles passaram a utilizar a expressão em seu dia-a-dia. Em certos casos, eles até fazem uma avaliação inicial e registram comentários, mas não utilizam esses dados para planejar as aulas ou pensar sobre as intervenções que necessitam ser feitas em classe. É preciso ter clareza também que não é perguntando o que o aluno já sabe sobre um assunto que se faz o levantamento do conhecimento prévio, mesmo porque nem sempre é fácil para ele verbalizar as informações quando é questionado. Além disso, cada conteúdo de ensino requer uma forma de abordagem. Não adianta questionar sobre temas já dominados nem ser tão desafiador a ponto de a turma não conseguir sequer entender a proposta. Outro equívoco é considerar que tudo o que foi trabalhado foi aprendido e, por isso, é possível seguir adiante. Conhecimento prévio não pode ser confundido com pré-requisito, exigência de aprendizagem que todos devem possuir como base para a experiência seguinte.
FORMAR CIDADÃOS
Conceito original:Objetivo da escola que se baseia no ensino dos conteúdos curriculares com a finalidade de preparar pessoas bem informadas e críticas.
Conceito distorcido:Objetivo da escola que se baseia em ações sociais e de preservação do meio ambiente com a finalidade de preparar pessoas conscientes de seu papel na comunidade.
Origem A frase começou a se popularizar entre os professores em meados da década de 1980 como conseqüência da redemocratização brasileira. "O surgimento do sujeito crítico, criativo e participativo se deu, institucionalmente, com o renascimento da autonomia do país após a ditadura", afirma Maria de Lourdes Ferreira, docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, em Minas Gerais, e autora de diversos trabalhos sobre o tema. A Constituição de 1988 define cidadania como um dos princípios básicos da vida e ressalta que as instituições sociais, dentre elas a escola, precisam estar comprometidas com a formação cidadã. Cerca de dez anos depois, o papel da escola nesse processo foi descrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que se definem como meio de garantir que "a Educação possa atuar, decisivamente, no processo de construção da cidadania".Cabe à escola, portanto, formar pessoas bem informadas, críticas, criativas e capazes de avaliar sua condição socioeconômica, dimensionar sua participação histórica e atuar decisivamente na sociedade e na economia. E isso se faz quando todos os professores cumprirem o dever de ensinar os conteúdos curriculares, a começar por ler e escrever. Por que perdeu o sentido Além das instituições de ensino, participam de forma fundamental na construção da cidadania o governo, as organizações sociais e a família. Interpretações equivocadas sobre a função de cada uma dessas instâncias na formação do cidadão levaram a uma descaracterização do papel da Educação. Outro fator decisivo para a deturpação da idéia foi a falta de um currículo definido em cada rede - detalhando o que ensinar em cada série e disciplina -, o que tem levado muitas escolas a trabalhar sem uma proposta pedagógica clara e objetiva. Para completar, muitos professores não fazem um planejamento focado nos conteúdos de cada área. No livro Escola e Cidadania, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud provoca: "De que serve aprender princípios cívicos ou detalhes da organização do Estado quando não se consegue ler o texto de uma lei?" Para o educador, a formação da cidadania passa pela "construção de meios intelectuais, de saberes e de competências que são fontes de autonomia, de capacidade de se expressar, de negociar, de mudar o mundo".
Esse esvaziamento da função primeira da escola gerou uma série de atividades sem foco na aprendizagem que, supostamente, têm o objetivo de despertar a cidadania e provocar a conscientização de crianças e jovens. Dentre essas situações têm destaque as campanhas e os projetos sobre meio ambiente, diversidade cultural e violência. "É enorme o número de projetos enviados ao Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 com o objetivo de despertar a consciência ambiental e o respeito pelas diferenças com a justificativa pura e simples de que são importantes para a formação do cidadão", conta Regina Scarpa. O que os alunos aprendem, efetivamente, ao fim de um trabalho desses? Se a proposta apresentada é recolher material reciclável, a turma vai aprender a recolher material reciclável, e o objetivo de um projeto não pode ser só esse.
TER UMA TURMA HETEROGÊNEA
Conceito original:Comandar uma classe em que os alunos apresentam diferentes níveis de conhecimento, o que faz com que avancem por meio de atividades diversificadas.
Conceito distorcido:Comandar uma classe problemática em que os alunos apresentam diferentes níveis de conhecimento, razão pela qual alguns deles não avançam.
Origem Com a criação dos grupos escolares, logo após a proclamação da República, no fim do século 19, surgiu o que se convencionou chamar de turmas homogêneas. O conceito se encaixa numa antiquada corrente pedagógica que trabalha para um único perfil de aluno e pressupõe que existe uma turma com características semelhantes e, portanto, homogênea. Os exercícios de repetição eram a única estratégia de ensino, fazendo parecer que todos os estudantes tinham o mesmo desempenho e ritmo de aprendizagem. Afinal, eles seguiam modelos e apenas uma resposta era correta. A partir da década de 1930, a Educação passou a acolher as preocupações da Psicologia quanto às diferenças entre os indivíduos e a usar situações-problema. Lev Vygotsky (1896-1934) escreveu em A Formação Social da Mente que o educador deve ter uma estratégia diferenciada para cada criança porque elas não sabem igualmente o mesmo conteúdo nem aprendem de uma só maneira. Já na década de 1990, a ampliação do atendimento escolar fez chegar à sala de aula crianças de classes sociais menos favorecidas, o que deixou mais clara essa heterogeneidade. Por que perdeu o sentido A mudança na forma de ensinar e a universalização do Ensino Fundamental acabaram, definitivamente, com a ilusão da homogeneidade. Ao mesmo tempo, a expressão "turmas heterogêneas" passou a ser usada como uma das explicações para o fato de alguns não avançarem nos conteúdos. O conhecimento dos alunos pode não corresponder ao esperado para a série, mas essa variedade de níveis em uma turma tem de ser usada de forma produtiva. "A troca de saberes entre os pares deve ser buscada: o desafio é encarar cada um na sua individualidade e promover a interação entre as diferentes habilidades a favor da aprendizagem", explica Lino de Macedo. Nos trabalhos em grupo, quem domina conteúdos e procedimentos diversos pode confrontar hipóteses, compartilhar estratégias e colaborar com os colegas.
AUMENTAR A AUTO-ESTIMA
Conceito original:Conseqüência de um trabalho baseado no ensino dos conteúdos e na necessidade de cada aluno.
Conceito distorcido:Objetivo de todo trabalho feito em classe, conquistado por meio de elogios e de premiações a cada aluno.
Origem A expressão se popularizou com a universalização do Ensino Fundamental, nos anos 1990, quando muitos dos estudantes de baixa renda que ingressaram na escola tinham dificuldade na alfabetização e na aprendizagem das várias disciplinas. Professores creditavam isso à baixa auto-estima gerada pela pobreza. A idéia é equivocada e preconceituosa, como provam diversos estudos. A auto-estima não é determinada pelo nível socioeconômico ou cultural. "O que leva a uma maior valorização pessoal é aprender", afirma Beatriz Cardoso, diretora do Cedac.Por que perdeu o sentido Com o objetivo de aumentar a auto-estima das crianças, instituições do terceiro setor passaram a oferecer programas culturais e as escolas a propor atividades que não têm um foco claro na aprendizagem dos conteúdos. Ao mesmo tempo, premiações e elogios viraram moda. "Pensar que a garotada precisa de afago e estrelinhas mostra um distanciamento do que é essencial na Educação, que é promover conhecimento", completa Beatriz.
FAZER AVALIAÇÃO FORMATIVA
Conceito original:Utilizar vários instrumentos de verificação da aprendizagem como forma de analisar o nível de conhecimento da classe e planejar estratégias de ensino.
Conceito distorcido:Observar a aprendizagem como forma de classificar os alunos.
Origem A avaliação formativa enfoca o papel do estudante, a aprendizagem e a necessidade de o educador repensar o trabalho para melhorá-lo. A prática surge da preocupação com o processo de aprendizagem e não só com o produto ou com as notas como ponto final da aprendizagem. Testes, análises de relatórios, provas, apresentações orais, comentários ou produção de textos se aplicam também à perspectiva tradicional de ensino. "O que diferencia as duas é o que se faz com os dados: enquanto no jeito tradicional os exames são classificatórios, na avaliação formativa eles servem para redirecionar o trabalho docente para permitir que cada um avance em seu ritmo", diz Cipriano Luckesi, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.Por que perdeu o sentido Cientes de que é necessário ficar constantemente atentos a todo o percurso de aprendizagem, os professores começaram a empregar a observação como estratégia do que passaram a chamar de avaliação formativa. Além de não utilizarem o resultado dessa análise para redirecionar a prática, deixam de lado as provas e outros instrumentos de verificação da aprendizagem. A razão é o fato de as notas não serem mais tão valorizadas como a única função da avaliação. O resultado disso é que não conseguem mensurar quanto as turmas avançaram na aprendizagem de cada conteúdo. "A avaliação só tem sentido se visa como ponto de partida e de chegada o processo pedagógico", dizem Delia Lerner e Alicia Palacios de Pizani no livro A Aprendizagem da Língua Escrita na Escola.
TRABALHAR A INTERDISCIPLINARIDADE
Conceito original:Relacionar os conteúdos das diversas áreas quando isso for necessário para a compreensão de um conceito, sem esquecer as características das didáticas específicas de cada uma delas.
Conceito distorcido:Relacionar os conteúdos das diversas áreas em todos os projetos propostos aos alunos.
Origem O conceito de interdisciplinaridade surgiu no fim da década de 1960, na França e na Itália, e logo chegou aos Estados Unidos. Nessa época, os universitários lutavam contra a fragmentação das áreas e sua especialização, buscando a aproximação do currículo aos temas políticos e sociais. O discurso chegou ao Brasil e foi impulsionado pelos "temas geradores", conceito apresentado por Paulo Freire no livro Pedagogia do Oprimido, de 1968. De acordo com ele, a intenção era propor aos indivíduos dimensões significativas de sua realidade, cuja análise crítica lhes possibilitasse reconhecer a interação entre as partes. Dessa forma, eles poderiam compreender melhor o mundo e atuar nele de forma consciente e participativa. Freire diz ser indispensável ter, antes, a visão total do contexto para, depois, separar seus elementos. Com esse isolamento, é possível voltar com mais clareza ao todo analisado. No Ensino Fundamental, um trabalho interdisciplinar é aquele em que se estuda um tema integrando disciplinas com a intenção de que o conhecimento seja global e tenha significado para a garotada. Ele deve ser bem delimitado e permitir que haja o diálogo entre os conteúdos estudados para que os saberes sejam aprofundados. "O conhecimento é interdisciplinar. Ele é formado por fatos, conceitos e procedimentos relativos a áreas diferentes", diz Tereza Perez, do Cedac. Por que perdeu o sentido A idéia começou a ser valorizada e a ganhar adeptos por todo o país com o passar dos anos. Na década de 1990, quando Freire assumiu a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, ela chegou a muitas escolas paulistanas. No entanto, não foi sempre bem aplicada. Em primeiro lugar porque nem todo bom projeto necessita ser interdisciplinar, como muitos acreditam. Alguns conteúdos são bem ensinados em apenas uma área, não precisando de interação com as demais. A relação entre as disciplinas deve aparecer dentro de situações didáticas que realmente possibilitem a aprendizagem em cada uma delas - e não apenas num formato em que sejam utilizados conhecimentos já adquiridos. Mostrar um mapa na aula de Matemática, por exemplo, não é ensinar Geografia, assim como apenas pedir a leitura de um texto de História não é aprofundar-se na Língua Portuguesa. O trabalho interdisciplinar terá cumprido sua função se o aluno passar de um estágio de menor conhecimento para outro de maior conhecimento em cada um dos conteúdos envolvidos.
PARTIR DO INTERESSE DOS ALUNOS
Conceito original:Considerar a criança e seus interesses como foco do processo educacional por meio da avaliação do que ela já sabe como forma de levá-la a um nível maior de conhecimento.
Conceito distorcido:Considerar a criança e seus interesses como foco do processo educacional e ensinar o que ela está com vontade de aprender.
Origem A idéia nasceu com a Escola Nova, no início da década de 1930. O movimento é considerado o mais vigoroso grupo de renovação da Educação do país depois da criação da escola pública burguesa. Os ideais escolanovistas se popularizam no Brasil pela ação de um grupo de intelectuais liderados por Anísio Teixeira (1900-1971). "O grupo de Teixeira se opunha à visão tradicional da escola, na qual cabe ao professor transmitir conhecimentos aos alunos, que devem permanecer em silêncio e atentos às explicações", explica Raymundo de Lima, da UEM. Para o movimento, o aumento do poder do estudante era essencial - sua vontade e sua capacidade de agir, espontaneamente, deveriam substituir a imposição, pelo professor, de julgamentos prontos. "Essa foi a primeira tentativa no país de diminuir a verborragia dos mestres em aula e de olhar mais para crianças e jovens", ressalta Lima. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi lançado em março de 1932 e assinala que a "nova doutrina, que não considera a função educacional como uma função de superposição ou de acréscimo (...), transfere para a criança e para o respeito de sua personalidade o eixo da escola e o centro de gravidade do problema da Educação". Passou-se a considerar o que os alunos pensam e a entender que eles têm idéias a ser respeitadas. Por que perdeu o sentido Apoiados na concepção de que é necessário ter como base o interesse da turma, muitos educadores passaram a colocar a intencionalidade do ensino e o planejamento prévio em segundo plano. Essa deturpação foi ganhando espaço a ponto de algumas escolas chegarem a começar o ano sem determinar quais conteúdos devem ser trabalhados em aula e a orientar o corpo docente a descobrir primeiro o que a garotada quer estudar para depois se planejar. "A idéia, em casos como esses, é que alguns temas geradores podem levar a aulas mais participativas", explica Priscila Monteiro, consultora educacional, formadora de professores e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. "O problema é que, sem um planejamento detalhado e um currículo claro a seguir, a tendência é de perda na qualidade do ensino", diz ela. Em didática, são três os pilares do processo de ensino e de aprendizagem: o conteúdo, a maneira como a criança aprende e o modo como o professor ensina. Na escola tradicional, o foco está no conteúdo e o mestre é quem domina e transmite seu saber. Com a Escola Nova, houve uma mudança: a figura central passou a ser o aluno e seus interesses. "Basear-se apenas no que ele quer aprender, contudo, é uma idéia restritiva, pois cabe à escola trabalhar conteúdos novos e desconhecidos e que, por isso, não podem ser mencionados naturalmente como uma curiosidade", ressalta Priscila. É claro que o interesse que as turmas têm por determinados assuntos deve ser considerado. No entanto, é preciso ter como base os conhecimentos didáticos específicos para planejar a abordagem e as intervenções a fazer. O grande desafio hoje é desenvolver a sensibilidade para propor situações-problema desafiadoras que despertem a atenção de todos.
DESENVOLVER A CRIATIVIDADE
Conceito original:Levar o estudante a propor diferentes soluções para um problema com base em informações sobre o tema.
Conceito distorcido:Levar o estudante a realizar atividades do jeito que ele preferir.
Origem A valorização da criatividade como uma capacidade humana que deve ser estimulada começou a ocorrer no começo da década de 1950, com a mudança de conceitos vigentes até então. "Nesse período, muitos acreditavam que a inteligência era uma dimensão relativamente fácil de ser medida e a criatividade era um atributo de poucos privilegiados", explica Eunice Soriano de Alencar, da Universidade Católica de Brasília. Uma série de pesquisas realizadas, sobretudo nos Estados Unidos, mostrou que não é possível medir a inteligência de maneira satisfatória e que, na realidade, ser criativo é algo inato a todo ser humano. A partir dos anos 1980, dezenas de livros sobre o tema foram publicados, revelando que um ambiente livre e propício à inventividade ajuda a desenvolver essa capacidade. Com as mudanças tecnológicas e sociais do mundo contemporâneo, estimular o lado criativo das pessoas passou a ser vital e a escola acabou vista como uma das principais responsáveis por esse trabalho. "Estar preparado para solucionar problemas de forma criativa é algo indispensável no cenário deste novo milênio, em que inovar é uma palavra de ordem", acredita Eunice. Por que perdeu o sentido Considerando a importância de desenvolver a criatividade da turma, muitos professores passaram a propor atividades sem um conteúdo claro de aprendizagem e a justificar seu objetivo como sendo o de estimulá-la. O problema disso é que o objetivo da escola é ensinar conteúdos específicos, o que pode ser foco de avaliação para determinar se a turma avançou ou não - o que é mais difícil de ser feito quando falamos de um conceito como a criatividade. Além disso, é importante ressaltar que não se pode desenvolver a capacidade de criar lançando mão de qualquer tipo de trabalho e que ninguém inventa algo de maneira espontânea. Os alunos necessitam de um repertório amplo para que consigam desenvolver essa capacidade com autonomia. Não é a inspiração que importa, mas o empenho e o trabalho realizado. "Criatividade é a capacidade de fazer relações entre os conhecimentos. Assim como só se aprende algo novo com base no que já conhecemos, só é possível criar com base em nosso conhecimento prévio sobre um assunto", explica Monique Deheinzelin, orientadora de projetos curriculares, formadora de professores e autora de diversos livros sobre o tema. Cabe à escola, portanto, dar oportunidades para todos desenvolverem seu percurso criador, promovendo a flexibilidade, a abertura ao novo, a habilidade de propor soluções inovadoras para problemas diversos e a coragem para enfrentar o inesperado. O educador pode trabalhar atividades que não sejam tão fechadas a ponto de permitir somente uma resposta e nem tão abertas para que qualquer coisa possa ser aceita. "Pedir trabalhos com um produto final já conhecido ou propor atividades mecânicas e repetitivas, como colocar as crianças para pintar um desenho pronto, não leva ninguém a ser mais criativo", explica Monique. Para isso, é preciso propor ações transformadoras, por meio das quais sejam mobilizados novos saberes.
FOCAR A REALIDADE DO ALUNO
Conceito original:Considerar o saber trazido pelos alunos como um ponto de partida e sempre apresentar a eles novos conhecimentos.
Conceito distorcido:Basear-se somente no saber trazido pelos alunos como parâmetro para determinar o que lhes interessa aprender.
Origem A idéia foi muito propagada por Paulo Freire, que valorizava a presença do saber dos estudantes das camadas populares na sala de aula. Ele propunha que, com uma pesquisa prévia do universo dos termos falados pelos educandos, fossem selecionados alguns - as chamadas palavras geradoras - para que propiciassem a formação de outros e também funcionassem como ponto de partida para que a turma compreendesse o mundo e organizasse seu pensamento a respeito dele. Ou seja, Freire sempre destacou a necessidade de ultrapassar as fronteiras da realidade mostrada pelas palavras. Tanto que ele defendia a Educação como prática de liberdade e dizia que "o povo tem o direito não só de saber melhor o que já sabe mas também saber o que ainda não sabe". Por isso, defendia que é importante ampliar e aprofundar o conhecimento sempre. Por que perdeu o sentido Muitos professores trabalham concentrados somente no meio em que vivem os estudantes e acabam por simplificar o pensamento freireano, julgando que isso facilita o aprendizado. Acreditam que é preciso tomar como base só o que já é conhecido. Então, ensinam primeiro o conceito de bairro para depois apresentar o de cidade, estado e país, por exemplo. Como se a lógica de compreensão dos conceitos estivesse atrelada à maior ou à menor proximidade física e como se fosse possível mensurar a complexidade desses conceitos baseando-se nas dimensões geográficas. "Não se aprende somente com base no que temos à nossa volta, no que é considerado 'concreto' e no que os adultos consideram simples", afirma Roberta Panico, do Cedac. Outra crença que criou raízes no pensamento dos educadores é que a realidade é o limite do que deve ser ensinado. O professor não pode decidir não trabalhar conceitos relativos ao sertão porque leciona em uma região litorânea. "O mal provocado por essa atitude é a condenação do aluno à estagnação. Com isso, a escola deixa de cumprir seu papel", diz Vera Barreto, coordenadora do Vereda - Centro de Estudos em Educação. Entrar em contato com o diferente permite analisar a realidade com mais riqueza porque oferece fontes para comparação. Ir além do que já é conhecido também garante o cumprimento do que sugerem os PCNs, já que o cotidiano de um estudante que é filho de operários da construção civil, por exemplo, não tem vínculos com a sociedade da Grécia antiga, tema presente nas aulas de História. "Se o professor ficar focado somente no local, não terá como abordar todos os conteúdos", completa Vera.
Fonte: Nova Escola Online
O que é Hiperatividade?
A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras.Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.A criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da "dificuldade de aprendizado", essa criança é geralmente muito inteligente. Sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser frustrada, desanimada e envergonhada. Ela sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa.Toda criança hiperativa traz consigo o Déficit de Atenção, mas nem toda criança com Déficit de Atenção é necessariamente hiperativa.Algumas características:· Freqüentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão em atividades escolares, de trabalho ou outras;· Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;· Com freqüência parece não ouvir quando lhe dirigem a atenção;· E facilmente distraído por estímulos externos alheios às tarefas;· Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na carteira;· Freqüentemente abandona sua carteira na sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;. Fala em demasia;· Está freqüentemente a ‘mil’ ou muitas vezes age como se estivesse a ‘todo vapor’.O diagnóstico da Hiperatividade é médico. Feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada a um psicopedagogo e conforme o caso também a um psicólogo.
Raiva, um assunto para a turma conhecer e esfriar a cabeça
Discuta as vantagens e desvantagens desse sentimento e sugira um trabalho de conscientização da comunidade
Objetivos: Compreender os mecanismos racionais e emocionais de preservação e implementação da saúde individual e coletiva.
Houve uma época em que esbarrar sem querer em algum valentão na rua podia terminar em briga violenta. Hoje, tais manifestações são esporádicas. O homem moderno, esse ser motorizado que se desloca sobre duas ou quatro rodas, passou a incomodar-se quando sua extensão mecânica é atingida ou impedida de locomover-se. Colisões, fechadas ou obstruções no trânsito são motivo para muitos deixarem transparecer seu "lado Hulk" e chegarem a atitudes extremas. Nesses casos, o agressor pode ser considerado também a vítima, já que acaba enredado num grave problema para a vida toda. VEJA aborda esse assunto e fornece algumas dicas para as pessoas sujeitas a tais surtos. É um tema para ocupar os estudantes num trabalho interdisciplinar que envolve a comunidade. É preciso que todos conheçam os mecanismos da raiva. Entendê-la é um começo para aprender a evitar seus efeitos indesejáveis. AtividadesPergunte à turma se ter — e demonstrar — raiva faz bem. Esse sentimento é necessário? Devemos evitar explosões de cólera ou mesmo contê-la? Isso envolve algum perigo? Como nosso organismo reage quando sentimos raiva? Deixe a conversa correr solta por algum tempo e depois apresente o texto da revista.Completada a leitura atenta de VEJA, divida a classe em grupos e proponha questões para relacionar os relatos da reportagem à vivência dos jovens. Alguns deles certamente já protagonizaram algum caso de ataque de fúria. Como se sentiram? Fez bem extravasar a raiva? Que manifestações eles perceberam no organismo antes, durante e após o acesso? Peça que revelem aos colegas.Mostre como é o mecanismo biológico formador dos rompantes de ódio. Com o auxílio do quadro abaixo, explique à classe as conseqüências sentidas pelo corpo quando se impede a reação intempestiva.Encarregue a turma de pesquisar os principais fatores que levam as pessoas ao descontrole emocional. Se alguém já explodiu a ponto de partir para a agressão, o que o levou a tal? Sugira que as equipes investiguem junto à comunidade qual seria a reação de cada um frente a certa situação em que muitos perdem a compostura. Os entrevistados devem justificar a resposta. Para a execução dessa tarefa, você determina o universo de pesquisa segundo sua disponibilidade de tempo. Vale lembrar que o objetivo da atividade é trazer para a sala de aula um bom número de casos para ser analisados em conjunto pelos grupos. Após esse levantamento de informações, inicie uma tabulação estatística sobre o tipo mais freqüente de estímulo que leva ao ataque de fúria. Sugira uma comparação dos resultados com os dados apresentados por VEJA. Outro estudo oportuno refere-se às terapias que podem ajudar o indivíduo a conter seus ímpetos agressivos de forma sadia. Indique livros e sites que contenham tais informações. Exiba trechos do vídeo Um Dia de Fúria e peça que todos examinem o comportamento do tipo vivido por Michael Douglas à luz do que foi levantado nas pesquisas anteriores. Faça-os notar que, em certo momento da trama, esse personagem libera seus instintos e torna-se ameaçador. Também merecem uma análise mais demorada os conflitos entre torcidas organizadas, freqüentes nos estádios de futebol. Ao fim da conversa, os jovens devem esclarecer junto à comunidade os pontos principais do tema, os perigos e a necessidade de sentir raiva. Para tanto, é interessante que usem apelos fortes, capazes de sensibilizar a população. Que tal buscar depoimentos daqueles que se arrependeram de chegar a extremos a ponto de prejudicar o próprio futuro? Também vale recorrer a encenações com as quais os indivíduos freqüentemente sujeitos a acessos de ira possam se identificar e buscar ajuda. Que tipo de ajuda é esse? Convém que a peça indique os caminhos.Há estudos que apontam forte relação entre a repressão das emoções e o surgimento de males como artrite, doenças de pele, depressão e ansiedade. Muitos desconhecem o assunto, por isso é importante abordar a questão em classe. O excesso de serotonina transforma as pessoas de uma hora para outra: um alto empresário pode inexplicavelmente converter-se num matador cruel. Casos de distúrbio de personalidade anti-social, cuja causa é ainda desconhecida, afetam cerca de 1% da população e, nas situações-limite, produzem criminosos violentos — como os assassinos seriais.
Para saber mais
A cólera, do início ao fimOs ataques de raiva estão associados aos ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso periférico. Quando a pessoa reprime as manifestações impetuosas, o processo se encerra no fígado. Ou seja, a circulação sangüínea permanece acelerada e a pressão, elevada, o que pode provocar acidentes vasculares.
Fonte: Revista Veja online
Veja também:
BIBLIOGRAFIABiologia dos Organismos, J.M. Amabis e G.R. Martho, Ed. Moderna,tel. (11) 2790-1500FILMOGRAFIAUm Dia de Fúria, Joel Schumacher, Warner Home Video.
Sugira filmes aos professores (veja faixa etária)
Persistência versus Mudanças
Contam que certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali alçar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como elogio à persistência, que, sem dúvida, é uma hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele" A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças de ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na própria falta de visão...
Isso acontece quando não se ouve aquilo que diz quem está de fora da situação.
(autor desconhecido)
Ponto final
Quando algum tipo de prova surgir, não tenha medo. Não fique questionando: “Oh, mas porque isto apareceu?”. Não, não gaste seu tempo pensando no assunto, remoendo a questão. Acabe com isso, em definitivo, colocando um ponto final no assunto. Somente assim você conseguirá ir em frente.
(por
Brahma Kumaris)
Pense na última vez que você conversou com alguém e que teve a impressão de que a pessoa não estava nem um pouco interessada em conversar com você. Sentiu-se irritado com isso? Então, lembre-se: as outras pessoas também percebem quando não estamos interessados no que elas estão dizendo.
Para atrair as pessoas, temos de nos importar com elas. Quando estamos realmente interessados em alguém, raramente temos problema em manter a conversa fluindo e nos esquecemos de nós mesmos... Importar-se significa se pôr no lugar da outra pessoa... Agora, se você não quiser fazer esse esforço, é melhor ir embora... Afinal, se você foi conversar com essa pessoa, porque não oferecer toda sua atenção a ela?
Por falar em atenção, vamos abordar um pouco a escuta. 98 por cento das pessoas estão desesperadas para que alguém as ouça... Assim como precisamos de água e de comida, também precisamos de amigos que realmente nos ouçam...Você não gosta quando alguém lhe dá toda atenção? Não é uma experiência especial quando outra pessoa se põe no seu lugar para tentar ver os problemas da vida através de seus olhos?... Pense nisso, e retribua. As pessoas lá fora estão ansiosas por alguém que as escute completamente. Se você quiser afetar as pessoas positivamente, tente escutá-las com cem por cento de atenção. Você vai se tornar especial para elas.
Mas, tente escutá-las sem julgar. Converse com qualquer pessoa que esteja em um relacionamento falido e ouvirá comentários do tipo: “nós já não conversamos mais”; “não há comunicação em nosso casamento”; “meu pai não me ouve”... Nesses casos, temos não apenas de ouvir, mas ouvir sem julgar... Muitas vezes, não há necessidade de o ouvinte expressar uma opinião. Apenas ser capaz de compartilhar sentimentos, ser solidário com um ser humano; só isso já é suficiente.
(texto de Andrew Matthews no livro "Faça Amigos")
Os desejos primários de todas pessoas são: ser felizes, progredir e ganhar mais dinheiro. Uma forma efetiva de alcançar estes anseios é sendo ricos e prósperos.
Assim como há pessoas pobres e pessoas ricas, há países pobres e países ricos. A diferença entre os países pobres e os ricos não é a antigüidade do país. Fica demonstrado pelos casos de países como India e Egito, que têm mil de anos de antigüidade e são pobres. Ao contrário, Austrália e Nova Zelândia, que há pouco mais de 150 anos eram quase desconhecidos, hoje são, todavia, países desenvolvidos e ricos.
A diferença entre países pobres e ricos também não está nos recursos naturais de que dispõem, pois o Japão tem um território muito pequeno e 80% dele é montanhoso, ruim para a agricultura e criação de gado, porém é a segunda potência econômica mundial: seu território é como uma imensa fábrica flutuante que recebe matérias-primas de todo o mundo e os exporta transformados, também a todo o mundo, acumulando sua riqueza.
Por outro lado, temos uma Suiça sem oceano, que tem uma das maiores frotas náuticas do mundo; não tem cacau mas tem o melhor chocolate do mundo; em seus poucos quilômetros quadrados, cria ovelhas e cultiva o solo quatro meses por ano já que o resto é inverno, mas tem os produtos lácteos de melhor qualidade de toda a Europa. Igualmente ao Japão não tem recursos naturais, mas dá e exporta serviços, com qualidade muito dificilmente superável; é um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, que o converteu na caixa forte do Mundo.
Também não é a inteligência das pessoas a tal diferença, como o demonstram estudantes de países pobres que emigram aos países ricos e conseguem resultados excelentes em sua educação; outro exemplo são os executivos de países ricos que visitam nossas fábricas e ao falar com eles nos damos conta de que não há diferença intelectual.
Finalmente não se pode dizer que a raça faz a diferença, pois nos países centro-europeus ou nórdicos vemos como os chamados ociosos da América Latina (nós!!) ou da África, demonstram ser a força produtiva desses países.
O que é então que faz a diferença?A ATITUDE DAS PESSOAS FAZ A DIFERENÇA.
Ao estudar a conduta das pessoas nos países ricos se descobre que a maior parte da população cumpre as seguintes regras, cuja ordem pode ser discutida:1. A moral como princípio básico2. A ordem e a limpeza3. A integridade4. A pontualidade5. A responsabilidade6. O desejo de superação7. O respeito às leis e aos regulamentos8. O respeito pelo direito dos demais9. Seu amor ao trabalho10. Seu esforço pela economia e investimentoNecessitamos de mais leis? Não seria suficiente cumprir e fazer cumprir estas 10 simples regras?
Nos países pobres, só uma mínima (quase nenhuma) parte da população segue estas regras em sua vida diária.
Não somos pobres porque ao nosso país falte riquezas naturais, ou porque a natureza tenha sido cruel conosco, simplesmente por nossa atitude. Nos falta caráter para cumprir estas premissas básicas de funcionamento das sociedades.
Quanto mais empenho colocarmos em nossos atos e mudarmos nossa atitude, pode significar a entrada do nosso país na senda do progresso e bem-estar...Faça sua parte!
(autor desconhecido)
2009 é o ano da Reforma Ortográfica.
Em casos como AUTOESTIMA, o hífen cai. A sua é que não pode cair.
Em algumas palavras, o acento desaparece, como em FEIURA. Aliás, poderia desaparecer a palavra toda.
O acento também cai em ideia, só que dela a gente precisa. E muito.
O trema sumiu em todas as palavras, como em inconsequência, que também poderia sumir do mapa. Assim, a gente ia viver com mais TRANQUILIDADE. Mas nem tudo vai mudar. ABRAÇO continua igual. E quanto mais apertado, melhor.
AMIZADE ainda é com "z", como vizinho, futebolzinho, barzinho.
Expressões como "EU TE AMO" continuam precisando de ponto. Se for de exclamação, é PAIXÃO, que continua com "x", como ABACAXI, que, gostando ou não, a gente vai ter alguns para descascar.
Solitário ainda tem acento, como Solidário, que só muda uma letra, mas faz uma enorme diferença. CONSCIÊNCIA ainda é com SC, como SANTA CATARINA, que precisa tocar a vida pra frente. E por falar em VIDA, bom, essa muda o tempo todo, e é por isso que emociona tanto.
Autora: Lêda Villas Boas (Distribuido na 1ª coletiva/2009 do CEI - Riacho Fundo II-DF)
“Combati o bom combate e mantive a fé”, diz Paulo em uma de suas epístolas. E seria bom relembrar o tema, quando um novo ano se estende diante de nós.
O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo. Muitas vezes, em nossa existência, vemos nossos sonhos desfeitos e nossos desejos frustrados, mas é preciso continuar sonhando, senão nossa alma morre e Ágape não penetra nela. Ágape é o amor universal, aquele que é maior e mais importante do que “gostar” de alguém. Em seu famoso sermão sobre os sonhos, Martin Luther King lembra o fato de que Jesus nos pediu para amar nossos inimigos, e não para gostar deles.
Este amor maior é o que nos dá impulso para continuar lutando apesar de tudo, manter a fé, a alegria, e combater o Bom Combate.
O Bom Combate é aquele que é travado porque o nosso coração pede. Nas épocas heróicas, quando apóstolos saíam pelo mundo pregando o evangelho, ou no tempo dos cavaleiros andantes, isto era mais fácil: havia muita terra por onde caminhar, e muita coisa para fazer. Hoje em dia, porém, o mundo mudou, e o Bom Combate foi transportado dos campos de batalha para dentro de nós mesmos.
O Bom Combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos. Quando eles explodem em nós com todo o seu vigor — na juventude — nós temos muita coragem, mas ainda não aprendemos a lutar. Depois de muito esforço, terminamos aprendendo a lutar, e então já não temos a mesma coragem para combater. Por causa disso, voltamo-nos contra nós e combatemos a nós mesmos, e passamos a ser nosso pior inimigo. Dizemos que nossos sonhos eram infantis, difíceis de realizar, ou fruto de nosso desconhecimento das realidades da vida. Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate.
O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar e se queixavam constantemente que o dia era curto demais. Na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate.
O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e corretos no pouco que pedimos da existência. Olhamos para além das muralhas do nosso dia-a-dia e ouvimos o ruído de lanças que se quebram, o cheiro de suor e de pólvora, as grandes quedas e os olhares sedentos de conquista dos guerreiros. Mas nunca percebemos a alegria, a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando, porque para estes não importa nem a vitória nem a derrota, importa apenas combater o Bom Combate.
Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de domingo, sem nos pedir grandes coisas e sem exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos “maduros”, deixamos de lado as “fantasias da infância”, e conseguimos nossa realização pessoal e profissional.
Ficamos surpresos quando alguém de nossa idade diz que quer ainda isto ou aquilo da vida. Mas no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate.
Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz, temos um período de tranqüilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós e infestar todo o ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam e, finalmente, passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. Surgem as doenças e as psicoses. O que queríamos evitar no combate — a decepção e a derrota— passa a ser o único legado de nossa covardia. E, um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte, a morte que nos livrasse de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível paz das tardes de domingo.
Portanto, para evitar isso, vamos encarar este dia, este ano, com a reverência do mistério e a alegria da aventura.
(por Paulo Coelho – publicado no jornal O Globo – 07/janeiro/2007)
Quem é você? Do que gosta? Em que acredita? O que deseja? Dia e noite somos questionados, e as respostas costumam ser inteligentes, espirituosas e decentes. Tudo para causar a melhor impressão aos nossos inquisidores. Ora, quem sou eu. Sou do bem, sou honesto, sou perseverante, sou bem-humorado, sou aberto — não costumamos economizar atributos quando se trata da nossa própria descrição. Do que gostamos? De coisas belas. No que acreditamos? Em dias melhores. O que desejamos? A paz universal.
Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo. É muita santidade para um pobre diabo, ninguém é tão imaculado assim.
A despeito do nosso inegável talento como divulgadores de nós mesmos e da nossa falta de modéstia ao descrever nosso perfil no Orkut, a verdade é que o que dizemos não tem tanta importância.
Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz — com todo o respeito — é apenas o que você diz.
Entre a data do nosso nascimento e a desconhecida data da nossa morte, acreditamos ainda estar no meio do percurso, então seguimos nos anunciando como bons partidos, incrementamos nossas façanhas, abusamos da retórica como se ela fosse uma espécie de photoshop que pudesse sumir com nossos defeitos. Mas é na reta final que nosso passado nos calará e responderá por nós.Quantos amigos você manteve.Em que consiste sua trajetória amorosa.Como educou seus filhos.Quanto houve de alegria no seu cotidiano.Qual o grau de intimidade e confiança que preservou com seus pais.Se ficou devendo dinheiro.Como lidou com tentativas de corrupção.Em que circunstâncias mentiu.Como tratou empregados, balconistas, porteiros, garçons.Que impressão causou nos outros — não naqueles que o conheceram por cinco dias, mas com quem conviveu por 20 anos ou mais.
Quantas pessoas magoou na vida. Quantas vezes pediu perdão.Quem vai sentir sua falta. Pra valer, vamos lá.Podemos maquiar algumas respostas ou podemos silenciar sobre o que não queremos que venha à tona. Inútil. A soma dos nossos dias assinará este inventário. Fará um levantamento honesto. Cazuza já nos cutucava: suas idéias correspondem aos fatos? De novo: o que a gente diz é apenas o que a gente diz.
Lá no finalzinho, a vida que construímos é que se revelará o mais eficiente detector de nossas mentiras.
texto de Martha Medeiros, publicado no jornal O Globo, 12/nov/2006
Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se quanto possível contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semi-morta na estrada, ao sabor da ventania de inverno. Um deles fixou o singular achado e exclamou, irritadiço: - Não perderei tempo! A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente. O outro, porém, mais piedoso, considerou: Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade: - Não posso - disse o companheiro endurecido. Sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos chegar a aldeia próxima sem perda de minutos. E avançou para adiante em largas passadas. O viajante de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito, e aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido. A chuva gelada caiu metódica pela noite adentro, mas ele, amparando o valioso fardo, depois de muito tempo, atingiu a hospedaria do povoado que buscava. Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que havia seguido na frente. Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida numa vala do caminho alagado. Seguindo depressa e a sós, com a idéia egoísta de preservar-se, não resistiu a onda de frio que se fizera violenta, e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento, enquanto que o companheiro, recebendo em troca o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, salvando-se de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo. Ajudando o menino abandonado, ajudara a si mesmo.
(autor desconhecido)
Somente quando os membros se unem e abdicam de suas agendas a equipe pode subir a um nível mais elevado. Esse é o tipo de sacrifício exigido no trabalho em equipe. Infelizmente, algumas pessoas preferem se apegar a seus propósitos e perseguirem os caminhos de seus próprios egos inflados, em vez de deixá-los de lado para alcançar algo muito maior que elas mesmas.
É exatamente como disse o filósofo Friedrich Nietzsche: “Muitos teimam em seguir pelo caminho que escolheram e poucos buscam o objetivo.” Isso é lamentável, pois as pessoas que pensam somente em si mesmas perdem a perspectiva global. Como resultado, seu potencial não é usado e as pessoas que dependem delas terminam desapontadas.
(do livro: “As 17 incontestáveis leis do trabalho em equipe” – John C. Maxwell)
As Férias acabaram e a nossa cabeça vem cheia de expectativas. Que turma vou escolhe? Quem serão meus alunos? Como será meu ano?
O primeiro dia de trabalho é momento decisivo. A turma, a idade das crianças, o trabalho a ser planejado, o turno de regência. Enfim, o direcionamento do ano está tomado e agora vem a próxima etapa: O primeiro dia de aula.
Como receber minha turma? Que impressão quero causar em meus alunos? Como será o relacionamento que começarei a estabelecer a partir do primeiro momento?
O primeiro contato com a turma é fator determinante.
A máxima "a primeira impressão é a que fica" não se pode ser considerada verdade absoluta, mas não deve ser esquecida, pois o primeiro contato com cada "serzinho" que passará a fazer parte da nossa vida, do nosso dia-a-dia, deve ser um momento muito especial.
Se a nossa cabeça, de professor adulto, se enche de expectativas e ansiedade, o que se passa na cabeça de nossas crianças?
Quem se lembra do seu primeiro dia de aula? Do nome de uma professora das séries iniciais? Que imagem vêm a sua cabeça, quando você pensa em sua experiência escolar na infância?
E agora, o que você quer imprir na mente dos seus alunos? Vamos planejar uma semana especial para recepcionar nossas crianças?
Alegria, dinâmicas, carinho e o que cada um tem de melhor será, com toda a certeza, o melhor tempero para deixar nosso ano muito gostoso e especial.
(Alessandra Bittencourt Garcia - Supervisora Pedagógico
da Escola Classe 02 do Riacho Fundo II- Distrito Federal/DF)
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(Marina Colassanti)
A História do Lápis
O menino olhava a avó escrevendo uma carta.A certa altura, perguntou:- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco?E por acaso, é uma história sobre mim?A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:- Estou escrevendo sobre você, é verdade.Entretanto, mais importante do que as palavras,é o lápis que estou usando.Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!- Tudo depende do modo como você olha as coisas.Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,será sempre uma pessoa em paz com o mundo."Primeira qualidade:Você pode fazer grandes coisas,mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.Esta mão nós chamamos de Deus,e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade"."Segunda qualidade:De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo,e usar o apontador.Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final,ele está mais afiado.Portanto, saiba suportar algumas dores,porque elas o farão ser uma pessoa melhor.""Terceira qualidade:O lápis sempre permite que usemos uma borrachapara apagar aquilo que estava errado.Entenda que corrigir uma coisa que fizemosnão é necessariamente algo mau, mas algo importantepara nos manter no caminho da justiça"."Quarta qualidade:O que realmente importa no lápis não é a madeiraou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.""Finalmente, a quinta qualidade do lápis:ele sempre deixa uma marca.Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida,irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".
(Paulo Coelho)
Toda empresa quer ter um bom ambiente de trabalho. A maioria diz que tem. Algumas até falam que são como uma grande família. Toda família, como nós sabemos, sempre tem aquele parente chato, insuportável ou fofoqueiro. A gente gostaria de se livrar dele, mas não consegue. Assim como as empresas nunca conseguiram se livrar dos fofoqueiros.
Do simples mexerico, que não prejudica ninguém, até a intriga pesada, maldosa, que pode destruir uma carreira profissional.
A intriga é uma das perversidades mais antigas do mundo, provavelmente começou no tempo das cavernas. Intriga é a arte de destruir a reputação de outra pessoa através de mentiras e/ou meias-verdades. E o pior é que isso pode ser feito do modo mais cruel: com elogios e sorrisos.
No trabalho, a pessoa que está querendo puxar o tapete da outra pode ser aquela que vive elogiando pela frente, enquanto espalha veneno pelas costas. Intriga é falta de ética, é uma atitude condenável e imoral.
Da mesma maneira que cercamos nossas casas para proteger nossas famílias, no trabalho precisamos montar esquemas de segurança para escapar das intrigas. Isso não quer dizer que o mundo está contra nós. De cada mil brasileiros, talvez só um seja bandido. No trabalho, de cada cem colegas, só um tem duas caras. Se a maior parte dos outros 99 ficar do nosso lado, qualquer intriga irá morrer no ninho. Por isso, não adianta ficar sofrendo calado, nem sair no braço com quem faz intriga, nem tentar combater uma intriga com outra intriga. Isso seria jogar no campo do inimigo, que ele conhece melhor do que nós.
O melhor antídoto para a intriga é um tema que nós já abordamos aqui no Emprego de A a Z: o marketing pessoal. A nossa capacidade de divulgar o que temos e o que fazemos de bom. É isso que vai neutralizar a intriga e isolar o fofoqueiro.
Em resumo, quem é bom precisa demonstrar todos os dias, e publicamente, que é bom. Mostrar como foi difícil conseguir um resultado, valorizar o próprio trabalho, principalmente para o chefe, porque a primeira orelha que o fofoqueiro procura é sempre a do chefe.
Uma última dica: é preciso diferenciar a intriga da mania de perseguição. Tem gente que acusa todos os colegas de trabalho de serem falsos. E isso nunca é verdade. Quando um colega não gosta de outro, pode ser inveja. Quando dois não gostam, pode ser conspiração. Quando três não gostam, o problema está na pessoa e não nos colegas.
Mostre-me alguém que diga que não quer se sentir importante e eu lhe apontarei um mentiroso. Todos nós precisamos de reconhecimento e de elogios. Nosso apetite para receber elogios é como nosso apetite para nos alimentar, nunca fica satisfeito por muito tempo... Até mesmo os ricos e famosos gostam de ouvir regularmente que eles são ótimos e estão se saindo bem.
Se você assistir a entrevistas com estrelas de cinema, do mundo do esporte ou com altos executivos, vai notar que eles adoram ouvir elogios tanto quanto qualquer outra pessoa... tanto quanto você... Então, se você quiser influenciar outras pessoas, elogie-as! Claro que não precisa se tornar um puxa-saco. E muito menos enchê-las de elogios falsos. Apenas reconheça as características positivas das pessoas e diga isso a elas. Elas se lembrarão de você.
Às vezes acontece de você elogiar uma pessoa e deixá-la sem jeito ou embaraçada; mas tenha certeza de que por dentro ela estará feliz da vida... Exteriormente, algumas pessoas podem até parecer confiantes, seguras e satisfeitas consigo mesmas, mas quando você fala com uma pessoa bem sucedida, de boa aparência e impressionante, não parece ser assim que ela se vê exatamente. Só ela conhece aquela parte dela mesma que diz: “eu gostaria de Ter olhos azuis, de ser um pouco mais alto e não haver cometido tanto erros na vida”. Dessa forma, quando você diz algo a ela, que para você parece evidente... isso surte o efeito de uma tomada de ar fresco e a pessoa se sente nas nuvens.
Uma outra opção é o elogio de segunda-mão; ou seja, dizer a alguém as coisas boas que você ouviu a respeito dela. As pessoas sempre ficam satisfeitas ao saber que os amigos e parentes falam bem delas. O elogio de segunda mão também é eficaz quando você está contratando os serviços de alguém pela primeira vez. Se você precisa dos serviços de um profissional é comum pedir recomendação a alguém; assim, uma boa maneira de começar uma amizade e garantir um excelente serviço é dizer à pessoa contratada que você recebeu ótimas recomendações a respeito do trabalho dela... Primeiro porque elas apreciam o reconhecimento, depois para fazer jus à reputação.
Em poucas palavras: as pessoas anseiam por reconhecimento. Se você optar por ver o lado positivo delas e elogiá-las quando for adequado, elas se sentirão maravilhosas e você também sairá ganhando com isso.
(texto de Andrew Matthews, do livro “Faça Amigos”)
Que confusão! A reforma ortográfica fez nós e nós na cabeça dos brasileiros. O tumulto chegou a tal ponto que deu margem a delírios à mil e uma noites. Fala-se em fim dos acentos. Decretou-se que viúva perdeu o grampo. Decidiu-se que têm e vêm deram adeus ao chapéu e, embora com menos charme, sentem-se mais livres e soltas.
"Alto lá", dizem as palavras indignadas. Com razão. Elas há muito assinaram um contrato e o registraram em cartório. Quando o português usava fraldas, lá pelo século 12, era pra lá de difícil acertar a sílaba tônica dos vocábulos. Rubrica ou rúbrica? Nobel ou Nóbel? Que rolo! As ilustres senhoras, então, se reuniram em conselho. Discute daqui, negocia dali, ajeita dacolá, firmaram este acordo:
Artigo 1º - As palavras terminadas em a, e e o seguidas ou não de s são paroxítonas.
Artigo 2º - As terminadas em i e u seguidas ou não de qualquer consoante são oxítonas.
Artigo 3º - Quem se opuser ao acordo será punido com acento gráfico.
Protestos Acordo implica renúncias, perdas e ganhos. O melhor é aquele no qual todos ficam satisfeitos. Não foi o caso do acerto feito pelas poderosas da língua. Daí os protestos. As primeiras a reclamar foram as proparoxítonas. Se aderissem ao acordo, elas desapareceriam. Por isso todas se enquadraram no artigo 3º. Rebeldes, são acentuadas: rítmico, álibi, satélite.
As oxítonas também demonstraram descontentamentos. Pura ciumeira. Elas foram brindadas com duas vogais (i, u). As paroxítonas, com três (a, e, o). Por isso a maior parte das palavras em português tem o acento tônico na penúltima sílaba. A menor? Na antepenúltima. As proparoxítonas são minoria. Inimizade eterna Oxítonas e paroxítonas são inimigas até hoje. O que acontece com umas não acontece com as outras. Quer ver? Compare: Oxítonas 1. Terminadas em i e u seguidas ou não de qualquer consoante: não são acentuadas (tupi, tupis, caju, cajus, partir)
2. Terminadas em a, e, o: 2.1. seguidas ou não de s: são acentuadas (está, estás; você, vocês; compô-lo, compôs) 2.2. seguidas de consoante diferente de s: não são acentuadas (jornal, vender, Nobel, amor) Exceção: em, ens (refém, reféns). Paroxítonas
1. Terminadas em a, e, o: 1.1. seguidas ou não de s: não são acentuadas (rubrica, rubricas; vende, vendes; livro, livros) 1.2. seguidos de consoante diferente de s: são acentuados (tórax, revólver, Nélson) Exceção: am, em, ens (amam, nuvem, nuvens) 2. Terminados em i e u seguidas ou não de qualquer consoante: são acentuadas (táxi, difícil, ônus) Fatos estranhos
Reparou? Por causa do acordo, há fatos estranhos. É o caso da grafia de hífen, éden e poucas mais. No singular, elas têm acento. No plural, não (hifens, edens). Por quê? Trata-se da velha briga entre oxítonas e paroxítonas. As oxítonas terminadas em ens são acentuadas (armazéns). As paroxítonas não.
Reforma ortográfica
Guarde isto: antiguidade é posto. A reforma ortográfica não tocou nem uma vírgula do acordo. O que ali está firmado continua válido. As mudanças atingiram outras regras. Como foram as grandes vencedoras do acordo do século 12, as paroxítonas receberam o troco agora. A reforma só mexeu nelas. Perderam o acento os hiatos oo e eem (voo, perdoo, zoo; leem, deem, veem), o u tônico dos verbos apaziguar, arguir, averiguar & cia. (apazigue, averigue, argue), o i e o u antecedidos de ditongo (feiura, Sauipe), os ditongos abertos ei e oi (ideia, joia); os acentos diferenciais (para, pelo, polo, pera). Exceção: pôde. Por ter atingido só as paroxítonas, as oxítonas e os monossílabos tônicos mantêm os acentos intocáveis. Joia perde o acento por ser paroxítona. Herói o conserva por ser oxítona. Dói, monossílabo tônico, também permanece com o agudão.
Ufa!
Fonte: Correio Braziliense coluna de Dad Squarisi
As férias findaram-se, deixando um gostinho de “quero mais”. Porém, é hora de darmos continuidade em nossa história em prol da educaçao pública de qualidade.
Contamos com Deus. Por isso, Ele nos fez escritores e nos presenteou com 365 dias para fazermos a diferença. Devemos agradecer pela vida, pelas oportunidades renovadas, pelos obstáculos e desafios que surgirem no caminho. Eles nos fazem mais forte quando os superamos.
Cada relacionamento, cada atitude, pode ser página de um capítulo que poderá ser escrito em 24 horas. Dependerá da nossa força de vontade, persistência e empenho para garantirmos que “os personagens e ações”, sejam dignos de nele serem incluídos.
Algumas passagens são doces e inesquecíveis; enquanto outras, dolorosas. Porém, repletos de lições de vida. Lembre-se, o dia de hoje é uma página em branco que o Criador lhe oferece para que você escreva um novo capítulo da sua história.
Recomeçar é uma questão de querer. Se você quer, Deus quer. E por isso Ele acena sempre com essa nova chance chamada presente. E o mais importante , é lembrar que a caneta está em nossas mãos. Nós podemos querer decidir como será o desenrolar de nossa história, mas o autor da vida é que está no controle de tudo, porém, você tem o livre arbítrio. Faça de 2009 uma história feliz!!!
(Saralee Rosemberg, adaptado por Ane Santos)
Frase do dia 01/03
"O procedimento é um espelho em que cada um mostra a sua própria imagem". (Goethe)
Frase do dia 06/04
“Nunca se esqueça que apenas os peixes mortos nadam a favor da corrente.” (Malcolm Muggeridge)
Frase do dia 28/02
"Cada um é responsável pelo seu próprio naufrágio". (Lucano)
Frase do dia 17/02
“O único meio de fortalecer o intelecto é não ter uma opinião rígida sobre nada deixar a mente ser uma estrada aberta a todos os pensamentos". (John Keats)
Frase do dia 16/02
“O sapato que serve a um aperta o outro; não há uma receita de vida que se preste a todos os casos.” (Carl Jung)
Frase do dia 15/02
“Não há nada no mundo totalmente perfeito.” (Horácio)
Frase do dia 14/02
"Nunca se consegue uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão". (H. Jackson Brown)
Frase do dia 13/02
“Correr não adianta; é preciso partir a tempo.”
(Jean de la Fontaine)
Frase do dia 12/02
"A intenção é o poder que move o desejo". (Deepak Chopra)
Frase do dia 11/02
"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se a ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que sentir-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver." (Martin Luther King)
Frase do dia 10/02
"Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade". (Dalai Lama)
Frase do dia 09/02
Muitas vezes, dizer o que é preciso dizer é a coisa mais difícil do mundo. Nessa hora surge uma série de medos – a possibilidade de rejeição, de não ser mais querido, de dar tudo errado, de criar mal-entendido. É, a situação não é nada fácil. Mas, quando há o desejo de manter a evolução dos relacionamentos, às vezes vale a pena correr certo risco. Afinal, ouvir e falar, dar e receber, ajudar e ser ajudado, entender e ser entendido, são os fundamentos dos bons relacionamentos.
(por
Brahma Kumaris)
Frase do dia 08/02
"Não chore pelas coisas terem terminado. Sorria por elas terem existido". (Luiz Boudakin)
Frase do dia 07/02
"Os covardes morrem muitas vezes antes de sua morte; os valentes morrem uma única vez." (Shakespeare)
Frase do dia 06/02
"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida". (Abraham Lincoln)
Frase do dia 05/02
"A comodidade começa como escrava e termina como senhora". (Khalil Gibran)
Frase do dia 04/02
"Os homens nunca sentem remorsos por coisas que estão habituados a fazer." (Voltaire)
Frase do dia 03/02
Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe". (Emily Dickinson)
Frase do dia 02/02
"Não estrague aquilo que você tem, desejando o que não tem". (Epicuro)
Frase do dia 01/02
"Preocupação é um juros pago antecipadamente."
(W. R. Inge)
Frase do dia 31/01
"O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas."
(Claude Lévi-Strauss)
Frase do dia 30/01
"A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um ato de vontade."
(Gaston Courtois
Frase do dia 29/01
“A sorrir eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a Mocidade perdida”.
(Cartola)
Frase do dia 28/01
"A confiança é a mãe dos grandes atos".
(Friedrich Von Schiller)
Frase do dia 27/01
"A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem pára em qualquer topada".
(Bob Marley)
Frase do dia 26/01
"O sentimento mais importante do ser humano é o amor. Mas eu defino como o mais positivo a esperança".
(Janete Clair)
Frase do dia 25/01
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".
(Cora Coralina)
Frase do dia 24/01
"A vida é uma viagem que deve ser feita não importando quão ruins sejam as estradas e alojamentos".
(Oliver Goldsmith)
Frase do dia 23/01
"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir". (Clarice Lispector)
Frase do dia 22/01
"Deveríamos considerar perdido cada dia em que não tenhamos dançado pelo menos uma vez".
(Friedrich W. Nietzsche)
Frase do dia 21/01
“Quem pensa pouco erra muito”.
(Leonardo da Vinci)
Frase do dia 20/01
"Não é suficiente ter uma boa mente; o principal é usá-la bem".
(Renée Descartes)
Frase do dia 19/01
"Tornar-se o primeiro é mais fácil do que permanecer o primeiro.". (Bill Bradley)
Frase do dia 18/01
“ Um profissional da educação competente e humanista é aquele comprometido com a criação de Valores Humanos.”
Daisaku Ikeda
Frase do dia 16/01
Desperdiçamos o tempo, queixando-nos sempre de que a vida é breve. (Marquês de Maricá)
Frase do dia 15/01
"Vencer é um hábito. Perder também".
(Bud Hadfield)
Frase do dia 14/01
"O que sabemos fazer aprendemos fazendo".
(Aristóteles)
Frase do dia 13/01
"Deveríamos considerar perdido cada dia em que não tenhamos dançado pelo menos uma vez". (Friedrich W. Nietzsche)
Dislexia
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social.Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – lêem com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também geralmente soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população.A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais, professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio de mal-comportamento dentro e fora da sala de aula.Portanto, pais e educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma criança é disléxica - e não preguiçosa, pouco inteligente ou mal-comportada.Algumas características:Dificuldades com a linguagem e escrita;Dificuldades em escrever;Dificuldades com a ortografia;Lentidão na aprendizagem da leitura;Haverá muitas vezes:disgrafia (letra feia);discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada;Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas;Dificuldades para compreender textos escritos;Dificuldades em aprender uma segunda língua.Haverá às vezes:·Dificuldades com a linguagem falada;· Dificuldade com a percepção espacial;·Confusão entre direita e esquerda.
Site:
http://www.dislexia.org.br/
O Cavalo e o Porco
Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça.
Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo.
Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.
Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, precisa tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa.
No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.
O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer !
- Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa!
No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara, é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! ótimo, vamos um,dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai... Fantástico!
Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu Campeão!
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa...
'Vamos matar o porco!'
Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho.
Nem sempre alguém percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo
sucesso.
Saber viver sem ser reconhecido é uma arte, afinal quantas vezes fazemos o papel do porco amigo ou quantos já nos levantaram e nem o sabor da gratidão puderam dispor?
Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:
AMADORES CONSTRUÍRAM A ARCA DE NOÉ E PROFISSIONAIS, O TITANIC.
Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso!!!
(Autor desconhecido) Caso alguém saiba quem escreveu, informe por favor, para que eu possa divulgar o nome.